5 Perguntas para o CEO: Delio Morais, da Hughes Brasil

Trajetória de mais de 50 anos em solo nacional é marcada por desafios e liderança no segmento de satélite

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9:00 am - 03 de maio de 2019

Aos 15 anos, Delio Morais, CEO da Hughes Brasil, escolheu tecnologia da informação (TI) como foco profissional e nos últimos 50 anos ele diz ter-se dedicado com exclusividade à sua escolha. Sua vida pessoal seguiu o mesmo tom, com reflexos positivos e negativos ao longo da careira, com saldo extremamente favorável, ele confessa. “Não poderia ter sido mais feliz na minha decisão.”

O executivo acredita na liderança pelo exemplo. Em sua avaliação, ao longo do dia, todas as ações do líder devem inspirar seu time, e não somente no campo corporativo, mas até mesmo na forma como trata a todos os colaboradores de uma empresa.

Com atuação global no fornecimento de serviços de rede e tecnologia de comunicação via satélite, a Hughes completou no ano passado nada menos do que 50 anos de história no Brasil. A companhia americana chegou ao País em 1968 e foi a responsável pela venda dos primeiros satélites de telecomunicações brasileiros.

Sobre a sua atuação na empresa, desde 1993, e sonhos, ele diz: “Após 25 anos dedicados a transformar uma banda de rock em uma orquestra sinfônica de sucesso de crítica e público, meu sonho de carreira foi plenamente realizado da forma mais prazerosa. Continuo fazendo o que mais gosto e ainda sou pago por isso”.

Confira a seguir os segredos do sucesso e desafios da Hughes, maior operação da companhia fora dos Estados Unidos.

Computerworld Brasil – Atuante no setor de comunicação via satélite e há mais de 50 anos no Brasil, como a Hughes analisa seu posicionamento no atual mercado brasileiro? Qual o principal diferencial em relação à concorrência?

Delio Morais – A Hughes do Brasil sempre atuou no mercado corporativo e a partir de 2016, com o advento da banda Ka em escala industrial, iniciamos nossos serviços de banda larga para mercado residencial/zona rural. Nossa estratégia diferenciada é verticalizar toda a operação, de tal sorte que qualquer sobremargem é eliminada em favor do custo mais baixo. Toda capacidade satelital, gateways e terminais de usuários são de propriedade e/ou tecnologia Hughes.

CW Brasil – O agronegócio tem crescido significativamente no País por conta do investimento em tecnologias que permitem tornar a atividade cada vez mais produtiva. A internet figura como esteira para muitas inovações no setor. Como a Hughes tem contribuído para essa evolução?

Morais – Nossa solução HughesNet é voltada para áreas mal atendidas ou mesmo desprovidas de banda larga o que a torna opção ideal para o mercado rural que tem somente 31% da população atendida em suas necessidades de conexão. É importante mencionar que a automação do agronegócio (M2M) tem na banda larga via satélite uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do setor.

CW Brasil – A Hughes assumiu globalmente o comprometimento em criar um futuro conectado para as populações e as empresas do Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Como está esse compromisso em solo nacional?

Morais – A filial Brasileira é a maior operação da Hughes fora dos Estados Unidos e a primeira a prover serviços de banda larga HughesNet. Nosso pioneirismo nessa área nos capacita a replicar esse modelo de negócio na Região Andina, oferecendo suporte as filiais Chile, Colombia, Equador e Peru.

CW Brasil – Acredita que o ano de 2019 será promissor para o setor de comunicação via satélite aqui no Brasil?

Morais – Sem dúvida alguma. O mercado consumidor continua com grande carência e nossa solução HughesNet tem demonstrado uma relação custo/benefício extremamente atraente. Vamos continuar crescendo dois dígitos. No campo corporativo, existe uma forte demanda para soluções tipo SD-WAN o que gera excelente oportunidade para a consagrada solução HughesOn. A vertical Utilities vem apresentando um desempenho acima da média do setor com o uso de satélite para automação de frotas e religadores (M2M). Com a volta do crescimento econômico, estimamos boas perspectivas no mercado em geral.

CW Brasil – O que acredita que levou a Hughes a se destacar no mercado nacional?

Morais –  Antes de mais nada, a total liberdade de ação que temos por parte da matriz. Isto foi uma conquista da nossa equipe local, que detém profundo conhecimento referente às características do mercado Brasileiro. Combinando esses fatores com a reconhecida liderança tecnológica da Hughes, os resultados são surpreendentes.

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