Após encontro com Trump, CEO da Intel anuncia investimento bilionário em nova fábrica

Brian Krzanich se reuniu com o presidente dos EUA antes da companhia anunciar investimento de US$ 7 bilhões para a construção de uma fábrica de chip no Arizona

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7:32 pm - 09 de fevereiro de 2017

A reunião entre o CEO da Intel Brian Krzanich com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi seguida do anúncio de que a companhia vai investir US$ 7 bilhões nos próximos três a quatro anos para conclusão de uma fábrica de chips de 7 nanômetros (nm). 

A conclusão da chamada Fab 42, onde os chips serão produzidos, irá criar cerca de 3 mil empregos em Chandler, no Arizona, informou a Intel. A fabricante disse que espera ajudar a criar 10 mil empregos diretos e indiretos com a entrada em operação da Fab 42. 

Trump tem batido na tecla de que as empresas têm de trazer suas fábricas de volta para criação de empregos nos Estados Unidos.

Ao fazer o anúncio depois da reunião com o atual presidente, a Intel amplia seus esforços em promover a si mesma como uma criadora de empregos. No entanto, vale lembrar que, no ano passado, a companhia cortou mais de 12 mil empregos para reestruturar suas operações. Da mesma forma, não é a primeira vez que a Intel se comprometeu a criar empregos e investir bilhões na Fab 42. A companhia fez um anúncio similar em 2011, que depois foi revisto.  

Em fevereiro de 2011, o então CEO Paul Otellini anunciou que a companhia investiria US$ 5 bilhões para completar a Fab 42 para fabricar chips de 14-nm e criar 4 mil empregos. O anúncio foi feito durante a visita do ex-presidente Barack Obama à fábrica da Intel em Hillsboro, no Oregon. 

A Intel pisou o freio nesse plano em 2014 para manter o espaço disponível “para uma tecnologia futura não especificada”. 

A construção da Fab 42 começou em 2011, mas sua conclusão foi atrasada, disse William Moss, representante da Intel em comunicado. “Nós estamos fazendo esse investimento em antecipação ao crescimento de nosso negócio”, disse Moss.

Em 2011, a Intel anunciou que a expectativa era que a fábrica crescesse em decorrência do negócio de mobilidade. Mas a companhia agora parou de fabricar chips para smartphones e, em vez disso, passou a concentrar o foco em Internet das Coisas, servidores, automotivo e outros mercados. 

Trump disse que o anúncio é uma “grande coisa” para o Arizona. “Nós estamos, e eu posso dizer a vocês que as pessoas do Arizona estão muito felizes”, acrescentou. 

O anúncio da Intel é o último de uma onda de otimismo econômico desde que Trump assumiu a presidência, disse Sean Spicer secretário de imprensa da Casa Branca. 

Além dos Estados Unidos, a Intel ainda opera fábricas na China, Vietnã, Malásia, Israel e Irlanda. 

A maior parte do design dos chips da Intel é feita em Israel e a companhia está fabricando seu último Optane em Dalian, China. Com frequência, ela inicia novas fábricas para criar chips menores e mais eficientes. A fábrica de 7-nm é um grande investimento e pode propiciar baterias de maior duração para dispositivos menores. 

Os chips de 7-nm serão feitos para PCs, sensores e outros dispositivos de alta tecnologia. “Os chips permitirão coisas como inteligência artificial, carros mais avançados e serviços de transporte, inovações em pesquisa médica e tratamento e mais”, disse Krzanich aos funcionários em um e-mail. 

Há duas semanas, a Intel disse que estava construindo uma planta piloto para fabricar chips de teste 7-nm. Atualmente, a companhia vende chips 14-nm para PCs, servidores e chips para IoT e espera começar a embarcar seus modelos 10-nm, chamados de Cannonlake, até o fim do ano.  

O anúncio também dá um prazo para a Intel fabricar seus primeiros chips de 7-nm. A companhia deve lançar três ou mais arquiteturas de chips pelo processo 10-nm, da mesma forma que fez com o de 14-nm, antes de trocar integralmente para os de 7-nm.

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