ID Estudantil: carteirinha de estudante por aplicativo é lançada
Novidade foi anunciada gratuitamente; ministro da educação estima economia de R$ 1 bilhão com medida

Nesta segunda-feira (25), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o lançamento da ID Digital, nova versão da carteirinha de estudante. Ela garante direito ao benefício de meia entrada em shows, teatros e mais.
A nova versão chega como uma opção gratuita e digital para os estudantes. Os alunos que quiserem continuar com a carteirinha tradicional, poderão solicitá-la às instituições como União Nacional dos Estudantes (UNE) ou União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). O preço médio é de R$ 35 + frete.
O atual ministro da educação, Abraham Weintraub, afirma que a medida pode beneficiar os 57,9 milhões de estudantes do ensino básico e superior. Segundo ele, a economia gerada pela carteirinha carregada no smartphone pode passar de R$ 1 bilhão.
A ID Digital tem o mesmo valor da carteirinha física. Ela é válida para alunos da educação básica, tecnológica e superior. Ainda não é possível fazer o download do aplicativo, que será disponibilizado na App Store e Google Play.
Os alunos interessados poderão solicitar a ID Digital nesta página dedicada.
Coleta e uso de dados
Utilizar a carteirinha digital no seu smartphone significa, entre outros, que o MEC terá acesso a alguns dados. Além de informações pessoais de identificação e cadastro, o órgão também terá acesso a um banco de dados com informações sobre dispositivos e alunos.
O órgão esclarece que “os dados coletados e os registros de atividades serão armazenados em ambiente seguro”; é informado que serão mantidos em centros de dados da Administração Pública Federal. Apesar de existir um prazo mínimo estipulado para mantê-los, os alunos podem solicitar que sejam apagados.
A página de Política de Privacidade adiciona que tais dados podem ser coletados e armazenados:
- Identificação do dispositivo, sistema operacional e versão;
- Tipo de navegador utilizado e sua versão;
- Endereços de IP e MAC do seu dispositivo;
- Localização geográfica;
- Idioma utilizado no smartphone e no navegador;
- Informações sobre a rede utilizada e o seu número de telefone;
- Resolução da tela do seu dispositivo;
- Versão do aplicativo ID Estudantil;
- Qual o tempo de permanência/utilização dos recursos;
- Quais os eventuais erros ocorridos e seus detalhamentos.
Também é solicitado acesso à câmera do smartphone. Neste passo, ela é utilizada para fotografar um documento de identificação e capturar uma fotografia do usuário. O órgão estipula que, desta forma, pode evitar fraudes.
O MEC diz que “pode compartilhar informações agrupadas”, mas sem identificar usuários. “Por exemplo, poderemos compartilhar informações com parceiros contratados para que, em cima destes dados, nos forneçam tendências sobre o uso geral de nossos serviços”, diz a página.
Com informações de: ID Estudantil, Metro Jornal.