Ameaça controla webcam, microfone e captura de telas

Investigação revela a existência de um spyware, ferramenta de ciberespionagem que permite que o computador infectado seja controlado sem o conhecimento do usuário

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9:23 am - 28 de agosto de 2018

A Eset, empresa de detecção proativa de ameaças, apresenta sua investigação sobre a ferramenta de ciberespionagem InvisiMole, que é capaz de controlar a webcam e o microfone do computador infectado, além de tirar fotos, entre outras funções. A ameaça foi detectada pela Eset em computadores localizados na Ucrânia e na Rússia.

De acordo com a pesquisa, o InvisiMole é um poderoso malware que possui múltiplas funções, como o controle a webcam e do microfone do computador infectado. Isso permite que os atacantes tirem fotos do que está acontecendo no ambiente onde o computador está, bem como gravar o som ambiente.

Além disso, faz capturas de tela de cada uma das janelas abertas, independentemente de estarem ou não sobrepostas, e monitora todas as unidades rígidas ou removíveis. Dessa forma, quando um pendrive ou disco é inserido, o malware cria uma lista dos nomes de cada um dos arquivos e os armazena em um único arquivo criptografado.

Outro aspecto que permite dimensionar a complexidade desse spyware é sua capacidade de permanecer oculto e operar em computadores por um período mínimo de cinco anos. Durante esse tempo, ele pode capturar telas e gravar tudo o que acontece no escritório ou ambiente onde cada um dos computadores infectados está localizado.

Suas funcionalidades de backdoor (tipo de Trojan que permite acesso e controle remoto ao sistema infectado sem o conhecimento do usuário) permitem ao invasor coletar grandes volumes de informações. A ameaça também coleta dados do sistema, processos ativos, velocidade de conexão à internet, redes sem fio ativadas no computador infectado e informações sobre suas contas e senhas.

Os cibercriminosos que utilizam o InvisiMole também podem dar instruções e criar filtros para procurar arquivos específicos, tais como documentos que foram abertos recentemente, abri-los e fazer alterações neles. E para evitar qualquer tipo de suspeita, modifica as datas do último acesso ou da alteração mais recente nos documentos.

“Apesar de parecer ficção, as ameaças que podem espionar e monitorar tudo o que os usuários fazem em seus dispositivos existem na vida real e podem atacar quem lida com informações críticas, como era o caso do InvisiMole. Além de roubar informações e espionar as vítimas, a ameaça escapa dos radares de detecção e continua operando de forma oculta por vários anos. O objetivo da ESET é aumentar a conscientização entre usuários e empresas sobre os riscos que existem, para que possam tomar as precauções necessárias e, assim, utilizar a internet com segurança”, finaliza Camilo Gutierrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.

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