Cisco reforça estratégia de IoT com visibilidade e segurança
Em linha com essa visão, empresa anunciou a Intent-Based Networking, que permite permite que profissionais gerenciem dispositivos conectados à rede de forma escalável

Até 2020, 46% dos dispositivos na rede serão do tipo machine to machine (M2M), segundo relatório da Cisco. O mais preocupante, contudo, é que cada novo dispositivo é uma porta de entrada para cibercriminosos, que ficam à espreita em busca de vulnerabilidades. Segundo projeções da fabricante, hackers têm agora a habilidade de infectar 100 mil dispositivos de internet das coisas (IoT) em um período de 24 horas.
Atenta a esse cenário, a Cisco tem trabalhado nos últimos anos para suportar a geração atual e futura de “coisas” conectadas à rede. O mais recentemente movimento da empresa nesse sentido batizado de Intent-Based Networking aconteceu nesta semana durante o Cisco Partner Week, realizado em Nassau, Bahamas.
A estratégia permite que profissionais gerenciem dispositivos conectados à rede de forma escalável. A plataforma identifica, localiza e cria políticas para dispositivos IoT, provendo insights para garantir que operações sejam eficientes.
Segundo Dave West, vice-presidente global de vendas para Enterprise Networks da Cisco, a ideia é oferecer um conjunto de ferramentas aos clientes para melhor visibilidade dos sistemas de IoT, ao mesmo tempo em que melhora a segurança dos dispositivos.
Simplificação
Uma das vedetes da novidade é o acesso definido por software (SDN, na sigla em inglês), uma maneira simplificada e automatizada de gerenciar a rede como uma entidade única. A expansão significa que o acesso definido por software pode fornecer uma política consistente e visibilidade consistente nos vários ambientes dos clientes, permitindo que eles automatizem as operações.
West revelou que os benefícios dessa abordagem incluem simplicidade, segurança e escala. Sachin Gupta, vice-presidente sênior de Product Managament para Enterprise Networking da Cisco, apontou que visibilidade é parte crucial da internet das coisas. “Assim, o Cisco Identity Service Engine reconhece os dispositivos que estão conectados à rede de forma automática, sementando a rede por tipo de dispositivo”, esclareceu.
Jason Gallo, diretor global de Partner Sales Business Developer da Cisco, apontou que, na prática, para os parceiros, essa nova abordagem muda a capacidade de o ecossistema levar serviços para as empresas. “Há mais oportunidades”, sintetizou.
Subscrição
Na jornada Intent-Based Networking, a Cisco optou por mudar o modelo de comercialização dos produtos, apostando em subscrição. No ano passado, a empresa lançou o modelo para o portfólio de switches e wireless. Agora, a companhia ampliou a estratégia e passou a oferecer o mesmo formato para o portfólio de roteadores.
Para Gallo, a oferta de um modelo de assinatura não só dá ao cliente o que ele precisa, como também torna seu relacionamento com os parceiros mais estável e duradouro. “A adição desses novos modelos de consumo e como é possível adaptar a forma como o cliente deseja consumir a tecnologia em um longo período está acontecendo na Cisco e os parceiros precisam ficar em linha. Eles estão realmente animados com esse formato. Temos agora o mesmo conjunto de benefícios em todo o portfólio de roteadores.”
*A jornalista viajou a Nassau, Bahamas, a convite da Cisco