Brasil precisa melhorar na inovação. Especialista mostra caminhos

Coach corporativo afirma que trabalho de aculturação à inovação tem de passar por todas as alas

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2:26 pm - 16 de fevereiro de 2018

O Brasil é o pior colocado no ranking dos BRICs do Índice Global de Inovação, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme a pesquisa, na lista mundial o país vem na 69ª posição. De acordo com o levantamento, a queda nos índices de inovação nacionais é recente: de 2011 para 2017, o Brasil caiu 22 posições no ranking global, que é liderado pela Suíça.

Sinal de alerta para as empresas nacionais, que parecem estar correndo atrás do prejuízo: segundo um levantamento feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em 2017, o investimento do setor privado brasileiro em Pesquisa e Desenvolvimento subiu de R$ 37,4 bilhões para R$ 38,1 bilhões em plena crise econômica, no intervalo de 2014 a 2015.

Uma realidade que precisa seguir mudando. Conforme Egídio Dias, coach corporativo e criador do método de desenvolvimento coaching para gestores de alto rendimento baseado em Learning Agility, o momento é desafiador.

“Em um momento em que se fala e se cobra tanto sermos inovadores, agirmos de forma diferente e criar empresas ágeis, ainda temos um grande desafio de como criar uma cultura que desenvolva lideranças e modelos de negócios que facilitem essas ações”, comenta o especialista.

Dias, que já treinou mais de 7 mil pessoas entre coaching de executivos e treinamento de competências, atua em projetos de mudança cultural em empresas nacionais e globais de setores como tecnologia, serviços e financeiro. Segundo ele, o trabalho de aculturação à inovação tem de passar por todas as alas – do conselho de administração até o grupo de líderes das organizações.

Segundo ele, é preciso que executivos, empresários, empreendedores e todos os interessados em inovar mergulhem em uma visão de como a inovação na área de desenvolvimento humano está construindo culturas de relacionamento entre pessoas mais aderentes à performance que é necessária.

“Também é preciso entender quais as principais competências que líderes de pequenas, médias e grandes empresas podem usar para criar equipes de alto rendimento”, complementa Dias.

Fundador da startup Minovelt, que desenvolve inovação para a área de educação corporativa e pessoal, por meio de plataformas de aprendizagem e gamificação, Dias é graduado em Comércio Internacional e tem formação como coach em instituições como Carnegie University, Lominger USA, Korn Ferry USA, ICI SP e Oficcinas The Inner Game.

Ao longo da carreira, trabalhou com empresas como Sicredi, Unicred, Getnet, Santander, Ricetec, Areva, General Electric e Grupo JMT. Em Porto Alegre, sua palestra do dia 22/02 ocorrerá dentro da programação do Grupo de Gestão de Pessoas do SEPRORGS.

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