TI ainda confia em segurança do perímetro, mostra estudo

Pesquisa realizada pela empresa de segurança digital Gemalto revela que as empresas confiam mais em manter os hackers a distância do que em deixar os dados seguros. A maioria dos profissionais de TI (94%) ainda sente que a segurança do perímetro é efetiva em manter usuários não autorizados fora das suas redes.
Por outro lado, o estudo mostra que 65% não confiam totalmente que seus dados estariam seguros se as defesas do perímetro fossem violadas, e 68% dizem que usuários não autorizados podem acessar suas redes.
Os resultados contrastam com o crescente número de violações de dados e de quase 1,4 bilhão de registros de dados perdidos ou roubados em 2016, segundo dados da Breach Level Index.
A pesquisa entrevistou 1.050 tomadores de decisão do setor de TI em todo o mundo e conclui que muitas empresas continuam a priorizar a segurança do perímetro sem perceber que é muito pouco efetivo contra ciberataques sofisticados. De acordo com os resultados da pesquisa, 76% disseram que sua organização aumentou o investimento em tecnologias de segurança do perímetro, como firewalls, IDPS, antivírus, filtragem de conteúdo e detecção de anomalias para proteger contra ataques externos.
Os resultados sugerem uma falta de confiança nas soluções utilizadas, especialmente quando mais de um quarto (28%) das organizações sofreu violações de segurança do perímetro nos últimos 12 meses. A realidade da situação piora ao considerar que, em média, somente 8% das violações de dados foi criptografada.
Jason Hart, Vice-Presidente e Diretor-Executivo de Tecnologia para Proteção de Dados na Gemalto, comenta que fica claro que existe uma discrepância entre as percepções da efetividade da segurança do perímetro das organizações e a realidade. “Acreditando que seus dados já estão seguros, as empresas deixam de priorizar as medidas necessárias para proteger seus dados. As empresas precisam estar cientes de que os hackers buscam os ativos mais valiosos de uma empresa: dados. É importante concentrar-se na proteção desse recurso, caso contrário a realidade não poupará os que não o fazem”, afirma.