Estamos preparados para suportar a internet das coisas?

Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) é o buzz do momento. A cada dia presenciamos novos lançamentos e investimentos na tecnologia – tanto no lado pessoal quanto no comercial. Mas, ao mesmo tempo que fornecedores estão em uma corrida acirrada para ganhar mercado, algo está surgindo: a necessidade de se ter uma rede robusta e confiável de comunicação que possa conectar dispositivos, aplicações e serviços que essa nova era está trazendo.
Será que, então, a internet está pronta para as coisas? De acordo com Doron Sherman, vice-presidente de estratégia da PubNub, há alguns obstáculos para a adoção em massa. “A internet das coisas é provável a maior mudança que está programada para infundir em cada área de nossas vidas, com experiências sempre conectadas para as gerações vindouras. A questão inevitável é: estamos prontos a era da informação equivalente à revolução industrial?”, disse ele em uma coluna para o TechCrunch.
Não ligamos para a maioria das coisas que utilizamos no dia a dia. Para justificar esse pensamento, Sherman cita equipamentos como torradeiras e máquinas de lavar, que ligamos sem nos preocupar se estão em perfeito funcionamento. “Não nos preocupamos se operam de uma forma que faz com que outros aparelhos funcionem mal ou estão sujeitos a choques elétricos, ou a pegar fogo”, comenta.
Será que essa mesma despreocupação é possível no mundo da internet das coisas? “A rede pública global pode ser invocada para suportar perfeitamente bilhões de dispositivos, sempre conectados, sempre ligados, enquanto previne efeitos colaterais prejudiciais, tais como spam de geladeira, carros hackeados e ligações interrompidas?”, questiona o executivo.
Com a implantação de dispositivos conectados, aplicativos e serviços, desenvolvedores de soluções para IoT precisam estar conscientes dos desafios que isso implica – especialmente porque será necessário projetar dispositivos, aplicações e serviços ainda mais inteligentes, ao mesmo tempo que é preciso construir uma rede confiável, robusta e segura, que possibilite plena interação e comunicação de alta performance.
Basicamente, ainda há muito a se fazer antes de estarmos preparados para a internet das coisas, de fato. Mas, na visão de Sherman, não estejamos tão longe desse futuro.