Com supercomputador baseado em x86, Huawei quer competir com mainframe e arquitetura RISC

De olho num mercado cada vez mais voltado a arquiteturas
abertas e com sede por processamento de grandes volumes de dados, a Huawei
anunciou globalmente um supercomputador baseado em arquitetura x86. A ideia da
chinesa com esse equipamento é competir com fornecedores de mainframe e
supercomputadores das arquiteturas RISC e CISC.
Batizado de Kunlun, a máquina é na verdade um servidor de
missão crítica que traz 32 CPUs interconectadas, além de possuir memórias de
trabalho e armazenamento de grande porte, suficiente para processamento de
dados e rodar sistemas de análise em tempo real.
Para o gerente sênior de soluções da Huawei, Anderson Tomaiz,
além da memória de trabalho, essencial para plataformas como SAP Hana, que rodam em memória, o fato de ser baseado
em arquitetura x86 é uma grande vantagem em relação aos concorrentes.
“A arquitetura dele é diferente e tem capacidade para processar
grandes volumes de dados. Hoje quem consegue fazer isso são mainframes e outras
arquiteturas. Além disso, é uma plataforma aberta, diferente de uma RISC,
permitindo rodar qualquer aplicação sem problemas”, comentou Tomaiz.
Em termos de mercado, Tomaiz acredita que existe potencial
para o produto em governo, educação, áreas de pesquisa e desenvolvimento, setor
financeiro e para grandes data centers, que poderão oferecer plataforma como
serviço e aplicações SAP Hana também como serviço.
Olhando as especificações técnicas, o Kunlun 9032 tem 576
núcleos e 768 DIMMs de recursos de computação, além de fator de escalabilidade
de 1.97 vez. De acordo com a Huawei, quando se compara a servidores Unix, por
exemplo, o novo produto reduz o custo total de propriedade em 30%.