Com dois data centers, Central Unimed se prepara para crescer

Onde e como são armazenados os dados gerados por uma unidade
hospitalar são fatores que podem influenciar uma instituição de saúde a ter –
ou não – crescimento eficiente conforme sua estrutura vai ganhando musculatura.
O armazenamento pode definir também o destino dos beneficiários atendidos. Isso
porque dados inacessíveis por conta de sistemas que oscilam, servidores que
deixam de funcionar e interrupções no fornecimento de energia tornam
procedimentos médicos vulneráveis e comprometem a qualidade do atendimento
prestado. Quando essa sequência é desencadeada, seja por conta de uma
tecnologia obsoleta ou uma estrutura de TI aquém da demanda de dados, chegou o
momento de investir.
Foi o que fez a Central Nacional Unimed. No começo de 2012,
a cooperativa decidiu aportar R$ 5,7 milhões na construção de um segundo data
center que pudesse acompanhar o crescimento pelo qual a empresa passaria. A
nova estrutura de armazenamento e processamento dos dados da Unidade Pamplona,
em São Paulo, dispõe de uma tecnologia que permite que os dois data centers da
empresa funcionem em regime de complementaridade, ou seja, se um ficar inoperante,
o outro assume a operação dos dados, além de aumentar a capacidade instalada de
armazenamento.
“Ter dados sempre disponíveis e seguros garante que o
atendimento ao cliente não sofrerá com eventuais instabilidades nos serviços de
energia elétrica e de telecomunicações. Da mesma forma, o uso de tecnologias
ainda mais avançadas para proteção de dados evita fraudes, golpes e
vulnerabilidades que possam ocasionar vazamento de informações privilegiadas de
nossos clientes. E a nuvem torna nossos processos mais ágeis e eficientes”,
explica o presidente da cooperativa, Mohamad Akl.
Segundo o executivo, a construção do novo data center faz
parte do plano anual de investimentos em tecnologia da informação (TI) da
empresa e surgiu a partir de uma análise que verificou aumento no número de
beneficiários da empresa entre 2012 e 2014. “Investimos para reduzir ao máximo
os riscos de interrupções dos serviços, com mais confiabilidade,
disponibilidade e segurança. Somente neste ano, os investimentos em TI
totalizaram R$ 16,2 milhões. Em função disso, também ampliamos nossa capacidade
de armazenamento e processamento de dados, para dar conta do crescimento de
nossos negócios”, diz Akl.
O novo data center levou 18 meses para ser construído e
entrou em operação em maio de 2014. O executivo conta que considerou os
impactos que surgiriam com a migração dos dados do primeiro data center da
cooperativa para o novo. Além disso, também foi utilizado o conceito de
“DataCenter verde”, no qual todo o ambiente é planejado para economizar energia
utilizada para o funcionamento dos servidores, sistema de refrigeração e demais
equipamentos.
“A estrutura dos dois data centers em nuvem privada nos dá
condições de continuar crescendo sem a necessidade de construir novos centros
de processamento. O crescimento superior a 10% no número de beneficiários em
2014 foi totalmente absorvido por nossos sistemas de TI, com a capacidade
adicional do novo data center e operacionalidade da nuvem privada, sem que os
clientes, prestadores e sócias tenham enfrentado problemas técnicos nas
transações com a operadora”, detalha o executivo.
*Essa reportagem faz parta da revista Saúde Business (dez/14), que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI