Estados Unidos monitoravam PCs da Coreia do Norte antes de invasão à Sony

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6:25 pm - 19 de janeiro de 2015
Depois da invasão à Sony Pictures, poucos se perguntaram por que o país identificou rapidamente que a Coreia do Norte era a responsável. Segundo reportagem publicada pelo jornal The New York Times (NYT) isso aconteceu porque os Estados Unidos já tinham invadido em 2010 os computadores norte-coreanos e mantinham uma operação secreta sobre as redes da Coreia do Norte por anos.  

A publicação relata que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) usou a rede da China para entrar nos computadores da Coreia do Norte. A ação teria acontecido no momento em que a Coreia do Norte ampliou sua unidade de ciberespionagem – que conta hoje com cerca de 6 mil pessoas. 

Fontes ouvidas pelo NYT afirmam que, originalmente, a invasão da Coreia do Corte aos sistemas da Sony, buscava lançar ataques de phishing (ameaça que usa e-mail para enganar os usuários a fornecer informações sensíveis ou senhas). Um funcionário que estava envolvido na investigação disse ao NYT que os hackers norte-coreanos “eram extremamente cuidadoso e pacientes” em seus ataques iniciais.

Autoridades dizem que a Coreia do Norte consumiu até dois meses em silêncio inspecionando as entranhas de servidores da Sony, até o final de novembro, quando os hackers vieram a público com o seu primeiro lote de dados. O vazamento das informações continuou e incluiu ameaças específicas sobre o filme “The Interview” (com James Franco e Seth Rogen), que retrata o assassinato fictício do líder norte-coreano Kim Jung-Um. Pouco tempo depois, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a autoria era da Coreia do Norte. 

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