Depois de muita expectativa do mercado, a HP apresentou nesta quarta-feira (29/10) sua tecnologia para impressão 3D. Havia uma ansiedade em torno disso, uma vez que a concorrência já vinha se movimentando e até colocou alguns equipamentos para venda. No passado, a HP pouco abordava o assunto, deixando a entender que entraria no momento certo. E ao que tudo indica, o momento está quase lá. Isso porque, embora tenha apresentado o modelo e a tecnologia a ser usada, a disponibilidade comercial do produto será em 2016, em grande parte pelo desenvolvimento do ecossistema de parceiros e clientes.
Mas será 2016 muito tarde para a companhia? Talvez não. Se for tomado como base o Hype Cycle do Gartner, esse tipo de equipamento para manufatura e consumidores ganhará força apenas daqui cinco ou dez anos. Óbvio que a companhia pode perder um pouco de tempo quando se avalia apenas o mundo corporativo pensando, sobretudo, em prototipagem, para o qual o Gartner prevê crescimento em adoção em menos de dois anos. Mas existe aí todo um mundo a ser explorado e que, sabendo trabalhar bem, a HP chegará no momento exato de maturidade desse mercado.
Voltando ao anúncio feito pela fabricante, Stephen Nigro, vice-presidente sênior de soluções gráficas e Inkjet da HP, explicou que ao analisar o mercado de impressão 3D, a companhia observou que existiam grandes oportunidades, mas também um gap, sobretudo, na combinação de velocidade, qualidade e custo. Em comunicado enviado ao mercado, ele afirma que o produto HP Multi Jet Fusion foi pensado para transformar indústrias em diversos setores, entregando todo o potencial da impressão 3D, mas pensando em mais qualidade e, principalmente, no balanceamento econômico.
Ao apresentar o modelo, a fabricante sinalizou que o produto consegue imprimir dez vezes mais rápido quando comparado com a tecnologia utilizada atualmente pelo mercado, além disso, o produto unifica várias etapas do processo de impressão reduzindo tempo, custo, consumo de energia e desperdício de material.
Como mencionado no início do texto, a partir deste momento a companhia fará um amplo trabalho com o ecossistema de clientes e parceiros para aperfeiçoar o produto e fornecer certificações para os parceiros trabalharem com a nova impressora. Assim, a disponibilidade em escala comercial será a partir de 2016.
Imersão completa
Durante o anúncio da impressora 3D, a HP apresentou também sua plataforma de computação imersiva Sprout. Ela traz a experiência de duas telas touch screen, sendo uma delas o tradicional monitor sensível ao toque e a outra uma tela capacitiva de 20 polegadas que faz, inclusive, a função de teclado. Além das telas, o equipamento tem um sistema de projeção que escaneia e captura objetivos em 3D, permitindo interação imediata do usuário. O aparelho conta com 1 tera de armazenamento, vem com processador Core i7 e roda Windows 8.1.
Dion Weisler, vice-presidente executivo da divisão de impressoras e sistemas pessoais (PPS, da sigla em inglês), afirmou, em comunicado, que vivemos num mundo 3D, mas que, na verdade, com os dispositivos atuais criamos em 2D. Para ele, o lançamento da HP dá um passo adiante ao repensar fronteiras na forma como se cria e se engaja com a tecnologia. Os interessados já podem fazer pré-compra no site da HP e, a partir do dia 09/11, o produto estará disponível em diversos pontos de venda.