Como resultado direto das turbulências e das transformações econômicas, muitos executivos têm perdido empregos estáveis. Sem muita
opção de encontrar uma nova vaga nas empresas, vários
começam a avaliar a possibilidade de montar uma pequena consultoria.
Esse tipo de negócio, no entanto, representa um risco. Isso porque, na
maior parte dos casos, as consultorias de pequeno porte não têm
estabelecido uma carteira de clientes, metodologias e processos
administrativos. Pior, não apresentam recursos necessários para
capacitação.
Assim,
antes de aceitar um convite para trabalhar numa
pequena consultoria ou, mesmo, montar um negócio próprio nesse setor, é preciso considerar os seguintes aspectos:
1 – Oferta de serviços
As pequenas consultorias de sucesso precisam oferecer um pequeno
número de serviços, mas de muito alta qualidade. Deve-se focar em um
determinado setor ou oferta no qual a equipe tem bastante expertise. Ou
seja, vale resistir à vontade de dizer aos potenciais clientes que sua
empresa pode endereçar qualquer necessidade.
2 – Desenvolvimento de negócios
Nenhuma consultoria existe sem clientes. Mas a maioria das empresas
de pequeno porte não tem cuidado na hora de analisar o público-alvo. De
forma geral, quando um profissional inicia um negócio, os próprios
amigos o contratam. Isso até ajuda a dar início à operação, mas não cria
uma companhia sustentável.
As verdadeiras empresas de sucesso precisam identificar oportunidades
de negócio e fechar acordos com clientes que elas ainda não conhecem.
Assim, se você odeia ser vendedor ou não consegue imaginar a
possibilidade de fazer ligações para estranhos, esqueça o trabalho em
uma pequena consultoria.
3 – Expectativas
Executivos que viram consultores algumas vezes querem oferecer
conselhos baseados na sua própria experiência. Mas as consultorias que
vão sobreviver a longo prazo devem trabalhar com uma abordagem
verdadeiramente consultiva. Ou seja, até podem usar a experiência dos
profissionais, contudo, precisam identificar as necessidades reais dos
clientes para criar soluções e recomendações baseadas em análises
rigorosas. Isso inclui, principalmente, dar atenção aos detalhes.
4 – Defesa das ideias
Na maior parte das grandes organizações, os gerentes de nível médio
se negam a implementar algumas idéias dos seus superiores. Com base
nisso, as consultorias pequenas precisam ficar atentas para não impor
suas ideias e, sim, vendê-las. Isso exige uma integração com o cliente e
flexibilidade para modificar os objetivos iniciais. O ego não pode
prevalecer.
5 – A arte de delegar
Pelo fato de uma pequena consultoria trabalhar com uma equipe
limitada e, dificilmente, contar com o apoio de consultores menos
experientes ou com uma equipe administrativa, delegar pode não ser uma
opção viável. Com isso, os consultores precisam ter habilidades com
Excel e PowerPoint, bem como devem saber escrever seus próprios
relatórios.
6 – O status
As pessoas que escolhem trocar um cargo executivo pelo trabalho em
uma pequena consultoria perdem o status e os benefícios de uma grande
organização. Assim, na maior parte dos casos, esses profissionais
precisam aprender a trabalhar sem um assistente, em um escritório menor e
com uma rede de computadores nem tão eficiente. Além disso, os jantares
com clientes acabaram.
Na prática, isso pode gerar um desapontamento para os profissionais,
os quais precisam adequar suas atitudes e objetivos a esse novo cenário.
7 – Impacto financeiro
Com equipes enxutas, as consultorias menores só conseguem ser
rentáveis quando os profissionais estão trabalhando em projetos que vão
trazer resultados financeiros. No entanto, essas empresas precisam estar
preparadas para enfrentar períodos de poucas demandas e, por
consequência, dinheiro limitado para pagar empregados e fornecedores. O
que exige estar bem preparado financeiramente.
8- Estratégia de saída
Consultorias menores, muitas vezes, são organizadas com base no
estilo de vida dos proprietários. Com isso, se a empresa é administrada
por profissionais jovens, pode ser baseada em oportunidades e desafios.
Ou, o contrário, se o sócio for mais conservador, pode representar um
lugar mais austero.
Assim, antes de aceitar o convite para trabalhar em uma pequena
consultoria, entenda o perfil de quem dirige o negócio e veja se faz
sentido, ou não, com seus objetivos.
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