O 5G, nova geração de internet móvel, precisa chegar urgentemente ao Brasil e sem atrasos. A afirmação é de Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina. O executivo conversou com jornalistas durante o Futurecom 2019, que acontece nesta semana, em São Paulo, e falou sobre os riscos de o País ficar para trás nas implementações. É uma questão essencialmente econômica e de evolução do Brasil, comentou.
“Os Estados Unidos foram pioneiros no 4G e em razão da conectividade têm, hoje, as maiores empresas do mundo. Por isso, a comunidade europeia está correndo com o 5G. Na América Latina, Chile, Peru e México em breve terão o 5G. E o Brasil?”, questionou.
Estudos da Ericsson, divulgados durante a feira, endossam a questão. Levantamentos realizados pela empresa demonstram que o País pode perder R$ 25 bilhões se o 5G for adiado em um ano, reduzindo de R$ 70 bilhões para R$ 46 bilhões a vantagem total de impostos e fundos para o governo entre 2021 e 2025, além de atrasar os benefícios do 5G, já em funcionamento em vários países, para sociedade e indústria.
As perspectivas por aqui não são positivas. O leilão de 5G, previsto para março de 2020, deve atrasar e acontecer somente no segundo semestre de 2020, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A data, no entanto, não está cravada. Durante a Futurecom, o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Julio Semeghini (PSDB-SP), afirmou que o governo quer realizar o certame o mais rápido possível, mas não se comprometeu com uma data.
Outra discussão quente em torno do 5G é sobre ele ser arrecadatório para o governo. Francisco Soares, diretor sênior da Qualcomm, defende, assim como a indústria, que o leilão tenha outro foco. “Precisamos é de investimento. Ainda temos muito 2G e recursos poderiam ser aplicados na migração”, reforçou.
Na visão de Steinhauser, o 5G não é mais um ‘novo G’, mas a maior disrupção para celular que já existiu. “Só o 5G vai transformar o mundo. Será a plataforma básica para acesso à nuvem de toda a forma e com latência pequena. Ele se conecta com qualquer coisa em tempo real e isso é revolucionário”, comentou ele.
Para a indústria 4,0, comentou o executivo, será significado de descentralização, já que indústrias poderão ser menores, ficar mais perto dos usuários – reduzindo custos logísticos – e serem controladas remotamente.
É uma revolução sem volta. Segundo a consultoria Ovum, até o final de 2019 haverá 13 milhões de usuários 5G no mundo, especialmente na região Ásia-Pacífico. Somente a Coreia do Sul conta hoje com 3 milhões deles. Esse cenário deverá gerar mais de US$ 12 trilhões de valor à economia atual em todo o mundo.
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