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5 perguntas para o CEO: Daniel Sgambatti, da Kludo

Fundada no final de 2018 por Daniel Sgambatti, que também atua como CEO da companhia, a startup brasileira Kludo aposta em um método até então pouco convencional para a realização de treinamentos nas empresas: a gamificação.

Segundo o executivo, que tem mais de 10 anos de experiência no mundo corporativo e já passou por empresas como Vale, “pode ser divertido tratar de questões importantes no ambiente de trabalho”.

Com formação em Comunicação Social e MBA e pós-MBA em Administração, Daniel fala na entrevista abaixo sobre os benefícios e os desafios do uso de games neste processo e também sobre os planos ambiciosos da Kludo para o seu segundo ano no mercado.

Computerworld Brasil: A Kludo aposta em um método de gamificação para realização de treinamentos nas empresas. Como isso funciona na prática? E quais os principais ganhos/diferenciais deste modelo para as companhias e para os funcionários?

Daniel: Acreditamos que pode ser divertido tratar de questões importantes no ambiente de trabalho. Ao invés de usar métodos e ferramentas convencionais (como Power Points e PDF´s) permitimos que as empresas produzam conteúdo em formato de games para seus colaboradores.

Dessa maneira ajudamos as empresas a aumentar o engajamento no consumo de conteúdo, diminuindo o tempo necessário para produzir e repassar esse conteúdo e ainda aumentando a retenção do conhecimento. Tudo isso metrificado e disponibilizado em painéis de controle em tempo real para a empresa.

CW: Atualmente, vocês contam com clientes em segmentos bastante diferentes, como finanças, varejo e farmacêutica. Como isso impacta no desenvolvimento das soluções oferecidas pela Kludo para cada cliente? 

Daniel: Hoje ainda temos algumas entregas com customização de cenários, mas as features da plataforma são comuns a quase todos os clientes. Isso é uma coisa que estamos melhorando a cada dia. Entregar soluções que atendam às necessidades de mais de uma empresa

CW: Em quais setores/áreas de uma empresa a gamificação pode ser usada nos treinamentos? E há algum departamento ou tipo de conteúdo em que o uso dos jogos traz melhores resultados? 

Daniel: Já temos cases em áreas de back-office, call center, vendas e operações. Hoje entendemos que nossa solução traz resultados mais rápidos em áreas onde temos muita gente fazendo a mesma coisa. Isso vale tanto para conteúdos técnicos quanto comportamentais.

CW: Quais os principais desafios na hora de oferecer esse tipo de treinamento, via gamificação, nas empresas? Ainda há resistência?

Daniel: Ainda há resistência sim. Vemos o brasileiro ainda mais conservador do que pessoas em outros países. Como a maioria das pessoas que está em cargos decisórios ainda é de uma geração que vê nos games uma distração dos filhos, temos que mostrar os benefícios que esse tipo de interação traz. Digo que o mundo ficou colorido, mas na empresa a vida ainda é meio cinza. Pode ser divertido tratar de questões importantes no ambiente de trabalho!

CW: Para terminar, quais os planos da Kludo para 2019? E quais as previsões da empresa para este ano em termos de faturamento e contratação de colaboradores? 

Daniel: Crescemos muito no ano passado (3x em receita e mais de 2x em número de clientes e funcionários). Terminamos o ano passado com faturamento de R$ 1,5MM e 20 pessoas. Esse ano pretendemos seguir no mesmo ritmo. Queremos levar o faturamento para R$ 5MM, terminar o ano com cerca de 50 clientes e aumentar o time para pelo menos 40 pessoas.

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