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5 perguntas para o CEO: José Roberto Kracochansky, da WEX Brasil Latam

Na primeira semana de faculdade de Engenharia Têxtil, José Roberto Kracochansky, CEO da WEX Brasil Latam, começou a trabalhar com o tio que tinha um birô de processamento, trocando fitas e alimentando a leitora de cartões de programação.  Foi o bastante para mudar o curso para Engenharia Eletrônica, concluído na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, com MBA pela BSP Toronto University e especialização no MIT Lab.

“Aprendi a programar sozinho e a desenvolver softwares para gestão de hospitais. Tomei gosto pela tecnologia quando comecei a entender os benefícios que os controles automatizados trouxeram aos clientes. Desde então, acredito e sou grande fã de tecnologia com aplicação prática”, revela.

Foi sócio-fundador da DK Informática, fundador e VP de Business Development da Genexis e Associado na Rio Bravo Investimentos. Em 2005, pela Rio Bravo, liderou o projeto de aquisição da Unik, que na época pertencia ao grupo Sodexo, e após a concretização da transação, tornou-se diretor-presidente. Em 2012, a Unik foi adquirida pelo Grupo WEX, uma das líderes mundiais em Meios de Pagamentos corporativos.

No comando da WEX Brasil desde 2007 e em 2015, também para Latam, Kracochansky atribui a sua capacidade de resiliência e criatividade à conquista do comando da corporação depois da sua venda.

“Por ser empreendedor, as pessoas imaginam que já realizei meu sonho ao criar uma empresa e vender para um grande grupo. No entanto, depois desse processo passei a sonhar ainda mais alto. Não são sonhos pessoais, mas corporativos, pois o empreendedor mistura carreira e empresa”, diz, acrescentando que este sonho está se tornando realidade: a WEX como protagonista da transformação do setor de Meios de Pagamento na América Latina.

A seguir, Kracochansky, que se sente privilegiado em estar atuando nesse mercado, em um momento de ebulição de inovações, conta mais sobre os desafios do concorrido mercado de Meios de Pagamentos no País.

Computerworld Brasil – Como a empresa está posicionada no mercado brasileiro e globalmente?

José Roberto Kracochansky – A WEX está no Brasil desde 2012, com a aquisição da Unik. É hoje uma das líderes globais em soluções de pagamentos corporativos. Com atuação de 30 anos, o grupo tem movimentação anual superior a US$ 60 bilhões, com 1,5 milhão de cartões emitidos, 3,3 mil colaboradores no mundo todo. Está presente em 11 países (Brasil, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Noruega, Holanda e Singapura).

CW Brasil – Explique um pouco sobre o mercado de Pagamentos Corporativos e qual é a principal estratégia para vencer a forte concorrência e garantir boas posições? 

Kracochansky O mercado de pagamentos corporativos ainda é pouco explorado no Brasil pelos bancos, em função da grande oportunidade e rentabilidade das operações de crédito. Dessa forma, existem muitas frentes diferentes de negócios a serem exploradas pelas empresas do setor. A WEX acompanha as mudanças e a movimentações do mercado, assim como o perfil e o comportamento do consumidor, para identificar novas oportunidades de desenvolvendo de soluções e tecnologias que promovam uma experiência cada vez mais ágil no momento do pagamento.

CW Brasil – Quais são os principais desafios da empresa na era digital?

Kracochansky A contínua inovação tecnológica, algo que, além de desafio, também representa uma grande oportunidade para mantermos nossos produtos em constante evolução.

CW Brasil – Qual foi a maior conquista da empresa em 2018?

Kracochansky O crescimento e a consolidação da nossa oferta de Cartão Virtual para o mercado corporativo de turismo, e o lançamento do nosso wallet digital para pagamento de salários, o YEX. Com esse produto, conseguimos firmar parcerias com empresas relevantes no setor, como a Sodexo. Em 2018, lançamos o cartão YEX Sodexo, uma solução de adiantamento salarial que conta com um serviço exclusivo de suporte e educação financeira para os funcionários da Sodexo.

CW Brasil – Quais são as expectativas para este ano?  

Kracochansky Ampliar a atuação do YEX para que diferentes públicos se beneficiem da solução de pagamento de salários, como os profissionais independentes (motoristas de táxi, cabeleireiros, garçons e outros).

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