4 dicas para uma negociação bem-sucedida

Quando se fala em negociação, é comum associar a questões restritas como operações de compra e venda. Contudo, o ser humano vive em constante negociação. Segundo a advogada Jana Maria Brito, desde muito pequeno, quando ainda somos bebês, o ser humano começa a negociar. “Nesse momento, apesar dele ainda nem se expressar verbalmente, já aprende a usar o seu choro para receber atenção, carinho e alimento; isso já é uma forma de negociação”, explica.

“É preciso desmistificar a ideia de negociação como apenas uma ferramenta de vendas”, reitera o advogado Leonardo Theon de Moraes. Ele lembra as palavras de Marc Burbridge, que afirma que negociação é um processo pelo qual duas ou mais pessoas se comunicam buscando chegar a algum acordo sobre valores escassos e/ou ações controladas, total ou parcialmente, por ambas as partes envolvidas”.

Falta de conhecimento

Segundo os advogados, a ausência do aprendizado sobre negociação na formação universitária também impacta o mundo jurídico e leva, muitas vezes, o advogado a iniciar um processo litigioso sem sequer contatar a parte contrária sobre a possibilidade de um acordo.

De acordo com Jana, a negociação é um processo que pode ser utilizado para inúmeras finalidades. Ela pode ser usada como alternativa para solucionar conflitos legais, na elaboração de contratos e convênios, em transações tributárias, na negociação penal, nos tratados internacionais e em grandes operações societárias.

Dicas

A abordagem mais recomendada e utilizada em Harvard aponta que existem inúmeros passos que guiam uma negociação. No entanto, em tese, eles seriam apenas um dos elementos, que somados à emoção e ao conhecimento do objeto, formam uma tríade importante para o sucesso.

Os professores Roger Fisher e William Ury, responsáveis pelo Projeto de Negociação de Harvard e autores do livro Como chegar ao Sim, destacam algumas dicas fundamentais para ter sucesso ao negociar:

  1. Separe as pessoas dos problemas, já que muitas vezes um procedimento como esse pode envolver partes com compreensões completamente diferentes de uma mesma realidade;
  2. Foque nos interesses, não nas posições que muitas vezes mascaram os reais interesses;
  3. Busque gerar a maior quantidade possível de possibilidades antes de decidir pelo que fazer;
  4. Exija que o resultado seja baseado em critérios objetivos que facilitem o seu cumprimento.

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