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3 coisas que você precisa saber sobre geofencing

Geofencing é um serviço que aciona uma ação quando um dispositivo entra em um local definido. E está se tornando mais comum, usado em diferentes tipos de aplicações para fornecer incentivos aos clientes, enviar lembretes de recompensas, pesquisar as experiências de compra dos clientes e até mesmo monitorar visitas dos clientes às lojas concorrentes. 

Dependendo de como uma geocerca é configurada, ela pode solicitar notificações push móveis, disparar mensagens de texto ou alertas, enviar anúncios direcionados em mídias sociais, permitir o rastreamento de frotas de veículos, desativar determinadas tecnologias ou fornecer dados de marketing baseados em localização.

E enganam-se os que pensam que é apenas para aplicativos móveis. Geofencing é usado também para controlar e rastrear veículos no setor de transporte, gado na indústria agrícola e drones. 

Além disso, o uso de geofencing vem se tornando uma importante estratégia de segurança, ao restringir o acesso a dispositivos ou aplicativos quando um usuário está fora de um perímetro definido. Algumas cercas geográficas são configuradas para monitorar a atividade em áreas seguras, permitindo que o gerenciamento veja alertas quando alguém entra ou sai de uma área específica. As empresas também podem usar geofencing para monitorar os funcionários em campo, automatizar os cartões de horários e acompanhar as propriedades da empresa.

Veja o que você precisa saber sobre geofencing para fazer bom uso do recurso.

1. Como funciona. Para usar geofencing, um administrador ou desenvolvedor deve primeiro estabelecer um limite virtual em torno de um local especificado em software habilitado para GPS ou RFID. Isso pode ser tão simples quanto um círculo desenhado em torno de um local no Google Maps, conforme especificado nas APIs ao desenvolver um aplicativo para dispositivos móveis. Essa geocerca virtual acionará uma resposta quando um dispositivo autorizado entrar ou sair dessa área, conforme especificado pelo administrador ou desenvolvedor.

Um geofence é mais comumente definido dentro do código de um aplicativo móvel, especialmente porque os usuários precisam optar por serviços de localização para que o geofence funcione. Se você for a um local de concertos, eles podem ter um aplicativo que você pode baixar para fornecer informações sobre o evento. Ou, um varejista pode desenhar uma geocerca em torno de seus pontos de venda para acionar alertas móveis para os clientes que fizeram o download do aplicativo móvel do varejista. Nesses casos, uma geocerca gerenciada pelo varejista é programada no aplicativo e os usuários podem recusar o acesso ao local do aplicativo.

Uma geocerca também pode ser configurada por usuários finais usando recursos de geofencing em seus aplicativos móveis. Esses aplicativos, como Lembretes do iOS, permitem que você escolha um endereço ou local para o qual você deseja acionar um alerta específico ou notificação por push. Isso é chamado de comando “if this, then that”, em que um aplicativo é programado para acionar uma ação baseada em outra ação. Por exemplo, “Se eu estiver a um metro e meio da minha porta da frente, acenda minhas luzes”. Ou peça a um aplicativo de lembrete que envie um alerta quando chegar a um local específico.

2. Usar para o quê. Uma vez que uma área geográfica tenha sido definida, as oportunidades para de uso para as empresas são aparentemente infinitas, especialmente na área de marketing.

Saber que os clientes estão por perto permite que as empresas personalizem ofertas com base em eventos locais ou feriados. Por exemplo, a 1-800-Flowers implantou anúncios direcionados para 20% de desconto em buquês nos dias anteriores ao Dia dos Namorados.

Seus anúncios podem aparecer em qualquer aplicativo que alguém esteja usando quando eles entram em uma área específica. Amit Shah, vice-presidente de comunicações online, móveis e sociais da 1-800-Flowers, diz que a empresa queria impulsionar o tráfego para suas lojas de varejo. “O anúncio é um mapa de clique e abre para mostrar sua localização e como acessar [a loja].”

Ao enviar uma oferta direcionada a um cliente, você pode afastá-lo dos concorrentes. Além disso, quando você sabe onde os clientes estão e como eles se comportam, você pode não apenas personalizar ofertas, mas também dar a eles recompensas e uma experiência personalizada. 

Portanto, é fácil começar: “Tudo o que você precisa é de um aplicativo e coordenadas de GPS”, diz Tony Costa, analista da Forrester Research. Masna sua opinião o uso do geofencing ainda é imaturo porque a maioria das empresas não o integrou com seus sistemas de CRM.

A Neiman Marcus está pilotando geofencing em suas lojas para que os vendedores possam ver quando os clientes VIP estão na loja, olhar seu histórico de compras e fornecer um serviço mais personalizado. Mas Tony Costa adverte: “Certifique-se de que não é intrusivo, e de que é aditivo. A troca de valores tem que estar lá.”

3. E cuidados necessários. Existem alguns cuidados com geofencing, especialmente quando se trata de privacidade com marketing. 

Para os consumidores, geofencing pode parecer um pouco Big Brotherish.

Para os reguladores, geofencing soa como uma prática que requer maior escrutínio.

Em 2016, o estado americano de Massachusetts foi um dos primeiros a promulgar uma lei de proteção ao consumidor que se opunha ao uso de publicidade baseada em localização. É amplamente reconhecido na indústria que os dados de localização precisos são confidenciais, portanto, qualquer prática que se baseie nesses dados deve considerar como o geofencing está sendo implementado e como os usuários estão sendo notificados.

Três perguntas simples devem ser feitas antes da implementação de qualquer tecnologia que dependa de serviços baseados em localização: como os usuários obtêm informações sobre o serviço? Como os usuários ativam o serviço? Como os usuários desativam o serviço?

Se essas perguntas não puderem ser respondidas com facilidade, considere cuidadosamente se vale a pena correr o risco de usar geofencing. 

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