3 benefícios do fortalecimento da cadeia de valor no varejo

As cadeias de valor tradicionais de empresas de varejo e bens de consumo não são mais suficientes para acompanhar os avanços do mercado. É o que constata estudo Repensando a Cadeia de Valor: Novas Realidades da Colaboração nos Negócios”, realizado pelo Consumer Goods Forum (CGF) e a Capgemini.
Para mudar esse quadro, as empresas recomendam a adoção de uma abordagem de “rede de valor” na realização de negócios, garantindo crescimento duradouro. Dessa forma, afirmam as companhias, o setor não deve mais ver a cadeia de valor como um caminho linear, no qual os produtos e as informações fluem linear e sequencialmente do fornecedor ao fabricante, ao varejista e, finalmente, ao consumidor.
Em vez disso, ele deve se organizar cada vez mais como redes em torno dos clientes, oferecendo vários canais e interfaces com diversos processos e empresas voltados à geração de valor. No fim, o cliente estará cada vez mais no controle, tomando decisões que têm impacto direto na rede de valor, o que acaba exigindo uma reação ativa do setor, ao contrário do que ocorre atualmente.
Como resultado dessa abordagem, o Consumer Goods Forum (CGF) e a Capgemini destacam três benefícios:
1. Engajamento do consumidor
Participar de um diálogo honesto com os consumidores, fortalece a confiança da empresa. É preciso tratar os dados dos consumidores sempre com responsabilidade, de modo a gerar valor ao atendê-los e interagir com eles. Isso requer que as empresas adotem princípios comuns e claros para engajar os consumidores.
2. Transparência
Manter o público informado sobre o tipo e rastreabilidade dos ingredientes, nutrientes e origem dos produtos, informando sobre o conteúdo, segurança, impacto ambiental e social e, ao mesmo tempo, aumentando a eficiência do setor.
Isso requer uma mudança gradual na maneira de colaborar para a definição dos dados globais dos produtos, a qualidade e o compartilhamento dos dados, indo além de rastreamento e auditorias simples.
3. A última milha da distribuição
Reconsiderar a premissa de que a distribuição para lojas e consumidores seja uma área na qual as empresas operam independentemente umas das outras, explorando oportunidades para colaborar em certas situações para aumentar a agilidade, eficiência e satisfação dos clientes e, ao mesmo tempo, minimizando o impacto ambiental.
O novo modelo deve se tornar uma nova forma de parcerias “em rede”. Para entender essas oportunidades, o setor precisará investir em tecnologias flexíveis, interoperabilidade de novos processos e culturas corporativas mais abertas.