As 10 maiores mudanças que redefinirão a próxima década, de acordo com a Dell
Por meio de Jeff Clark, a companhia falou sobre as dez maiores transformações no mercado no último ano

Mudanças e inovação caminham lado a lado desde os primórdios da civilização. No entanto, desde a chegada da IA generativa, ambas parecem ter acelerado o ritmo e crescido exponencialmente. No último ano, o setor de Tecnologia passou por diversas transformações e, segundo a Dell, dez delas irão redefinir a maneira como trabalharemos nos próximos dez anos. O top 10 foi apresentado por Jeff Clark, COO da companhia, durante o Dell Technologies World 2025. Confira abaixo a lista:
Aceleração dos roadmaps
De acordo com o executivo, os planos de inovação das empresas têm mudado cada vez mais rapidamente, com tecnologias mais ágeis e processamento acelerado se tornando prioridade, à medida que os produtos do mercado conseguem se adaptar às exigências dos clientes. “Seja para GB200, GB300, produtos RTX, linhas MI350 — tudo está sendo incorporado cada vez mais rápido.”
Multimodais nativos
Na sequência da lista, estão os modelos multimodais e a chegada de LLMs de ampla integração aos softwares que, segundo Clark, apresentaram melhorias significativas nos resultados obtidos nas provas de conceito (POCs).
Técnicas avançando exponencialmente
Não foram apenas as tecnologias que evoluíram no último ano, mas também a forma como os profissionais interagem com elas. Com o contato constante com os novos modelos, os desenvolvedores têm aperfeiçoado técnicas como quantização e destilação, que possibilitam a criação de programas mais compactos e eficazes, além de treinamentos mais rápidos.
Inferência e raciocínio
Uma das preferidas do COO da Dell, a quarta mudança está nos modelos de inferência e raciocínio. A principal diferença entre a tecnologia de 2024 e a atual está na demanda computacional. “Essas tecnologias exigem muito mais do que imaginávamos — pelo menos cem vezes mais do que há alguns anos — e a tendência é de crescimento contínuo.”
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35 trilhões de tokens gerados até 2028
Os modelos desenvolvidos têm produzido um volume crescente de tokens. Segundo a Dell, somente no último ano foram gerados 25 trilhões de tokens. A expectativa é de que, até 2028, esse número alcance 35 trilhões — um crescimento de três ordens de magnitude em três anos.
Disrupção nos PCs
Para acompanhar os novos softwares e programas com IA, os computadores também precisaram evoluir. Em sua apresentação, Clark destacou NPUs muito mais potentes integradas aos PCs. A inclusão, segundo ele, é disruptiva para o setor e permitirá a execução de RAG na borda da rede.
Crescimento dos modelos fundacionais
Atualmente, de acordo com a Dell, há mais modelos fundacionais do que no ano anterior. No entanto, o custo de treinamento da nova geração aumentou em dez vezes.
Redução drástica no custo por token
Relacionada à mudança anterior, esta trata de valores: ao contrário do custo de treinamento, o custo por token caiu em quatro ordens de grandeza nos últimos quatro anos. “É essencial termos esses dados em conjunto, pois mostram que cada novo treinamento representa uma curva exponencial de redução no custo total”, explicou o COO.
Os agentes estarão em tudo
“Se ainda não ouviu, agora tudo é sobre agentes, agentes, agentes”, afirmou Clark. A nova fase da inteligência artificial já se mostrava um tema central no setor de Tecnologia e continua sendo a principal aposta da Dell. Com o avanço das implementações, a projeção é que, até 2028, um terço de todas as interações com IA generativa utilize agentes de otimização para execução de tarefas. “A fronteira que existia há décadas entre produto, serviço, TI, gestão e frustração vai desaparecer. As divisões somem com os agentes, pois eles interagem com tudo.”
Grandes empresas avançam de POCs para produção
Para sustentar esse último ponto, a Dell reuniu recentemente mais de 3.800 tomadores de decisão para investigar as tendências que moldam a adoção de IA. Segundo a empresa, o estudo revelou que as grandes organizações já superaram a fase de prova de conceito (POC) e estão avançando para a produção de seus sistemas. A pesquisa também indicou que 35% das empresas pretendem testar LLMs em suas fábricas de IA até o próximo ano.
O COO finalizou sua apresentação destacando a urgência da adoção da nova tecnologia. Segundo Clark, a maioria das organizações já possui a infraestrutura necessária para iniciar seus testes com inteligência artificial — o próximo passo é identificar um problema e desenvolver a solução. “Se você ainda não começou, está atrasado. A velocidade é essencial e a concorrência será intensa. Acreditamos nisso e é com essa mentalidade que trabalhamos em nossa organização”, concluiu.
*a jornalista viajou à Las Vegas a convite da Dell Technologies
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